16.11.16

Departamento de Aquisições: I Feira Des.Gráfica

Feiras de publicações independentes são algo que me deixam muito ambivalente: se, por um lado, tem muita coisa interessante, por outro tudo é meio caro, acabo gastando demais e saio com a impressão de que não comprei praticamente nada. Ontem eu fui à Des.Gráfica, no MIS paulistano. Quase não fui porque estou tentando economizar para gastar tudo na Festa do Livro da USP, mas acabei não resistindo.Muito expositores de várias partes do país, muita coisa boa e muita tranqueira - tipo livrinhos com fotologs mal impressos. É sempre uma agonia folhear as publicações e decidir comprar ou não sobre os olhos do autor, mas ainda assim deu para trazer algumas coisas para casa.

Mais do que o conteúdo, o que me chama atenção nessas feiras é a variedade de formatos das publicações. Um que gosto bastante são aqueles quadrinhos pequenos, do tamanho dos gibizinhos da Mônica que foram publicados há uns anos (décadas?). Comprei os dois últimos lançamentos da coleção Ugrito, da Ugrapress, assinados por Chiquinha e Pedro D'Apremont.

Depois de alguma dúvida, escolhi Velhos Hotéis Passam Cinema Mundo (Guazeli), um volume da Coleção Mil, do selo Cachalote. Essa coleção tem como diferencial publicação de quuadrinhos sem palavras, com impressão e preto sobre papel colorido, em edições limitadas a mil cópias. Do mesmo stand, arrastei para casa o terceiro volume de O Beijo Adolescente, de Rafael Coutinho.

Também comprei alguns exemplares de Penúltimas Espécies. Cada número traz um único conto curto e Felipe Rodrigues, com capa ilustrada em cores e papel pesado. Não tem como negar que é muito caro pela quantidade de texto, as a solução encontrada para o problema de publicar uma única história sem ficar com cara de panfleto atraiu minha simpatia. Também comprei uma coletânea minúscula dele, Microcontos Fantásticos.

Encontrei algo que estava querendo e enrolando para encomendar, o livro Valfrido?, experimento de literatura em folhetos de Gustavo Piqueira com a Lote 42. O livro é algo como um registro do experimento original, coleção dos textos publicados e fac-símile dos panfletos.

Em formatos mais tradicionais, comprei o zine de quadrinhos Lo-Fi e a história em quadrinhos Chance (Polvo Rosa Books) desenhada por Samanta Flôor e escrita por Diogo Cesar. O amigo e desenhista Bruno Marcello me deu uma cópia do seu caderno Era de Noite e Não Podi Olhar Seu Desenho.

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